sábado, 13 de agosto de 2011

Sindialimentação vai enviar ao CADE razões contra venda fracionada da Chocolates Garoto

Fonte A gazeta Denise Zandonadi
dzandonadi@redegazeta.com.br

Na próxima semana, o Sindicato dos Trabalhadores em Indústria de Alimentação (Sindialimentação) pretende encaminhar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) os motivos para impedir que a Chocolates Garoto seja vendida de forma fracionada.

A posição dos trabalhadores vem sendo defendida desde a venda da fábrica capixaba para a multinacional Nestlé, em fevereiro de 2002. Depois de esperar quase quatro anos, o Cade determinou a venda da Garoto novamente. A Nestlé recorreu à Justiça e esta determinou uma nova análise do processo no Cade.

"Nós temos uma preocupação muito grande porque todos os conselheiros do Cade foram trocados, nos últimos anos. A análise do processo vai começar do zero", explicou a presidente do Sindialimentação, Linda Moraes que participou, esta semana, de reunião com o presidente do Cade, Fernando Furlan.

Segundo ela, o presidente do Cade solicitou que o sindicato e a Comissão de Defesa do Consumidor, da Assembleia Legislativa, encaminhassem documento com a posição sobre o processo.
O deputado estadual Dary Pagung (PRP), presidente da comissão, também participou da reunião em Brasília, assim como o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB).

Linda Moraes manifestou sua preocupação com a possibilidade de a venda da Garoto ser novamente decidida pelo Cade.

"Respeitamos a posição do órgão de defesa do consumidor, mas a prioridade nossa é a defesa dos empregos e a manutenção da fábrica de chocolates".

A mudança de todos os conselheiros - em relação aos que julgaram o caso na primeira vez, em 2004 - é mais um motivo de apreensão para trabalhadores e parlamentares. A posição, segundo a dirigente, foi apresentada a Furlan

Ainda não há uma data definida para o caso ser novamente analisado em plenário, conforme explicou o presidente do órgão. "Pode ser que entre em pauta este ano, mas pode ser que não, em função do número grande de processos para serem analisados", afirmou Furlan durante a reunião.

A direção da Chocolates Garoto informou, por meio de assessoria, que não se pronuncia sobre o assunto, por ainda estar sob avaliação.

A Nestlé comprou a Garoto em fevereiro de 2002 e o Cade determinou a venda, novamente, da empresa em fevereiro de 2004. Nove anos depois, a preocupação dos trabalhadores se mantém.

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