quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sindialimentação - 24 anos de História

Confraternização reúne centenas de trabalhadores

Exposição fotográfica continua segunda, terça e quarta, na rua do vestiário da Garoto.
Quem visitar a exposição irá concorrer ao sorteio de um notebook.



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Poder e direitos para o povo negro


CUT distribui cartilha sobre Consciência Negra

A CUT comemorou o mês da
Consciência Negra com o lançamento
de uma cartilha sobre legislação
e políticas públicas voltadas à igualdade
racial. Última nação da América do Sul a abolir a escravidão, o
governo brasileiro nos últimos oito
anos começou a pagar a enorme
dívida social que o país tinha com
a população negra.
Uma dessas dívidas é com o direito
à educação. Programas como
o PROUNI (Programa Universidade
para Todos), criado em 2004, e que
estabelece cotas nas universidades,
permitiram que cerca de um milhão
de estudantes negros realizassem
cursos superiores. Outras medidas
como o aumento do emprego formal
fizeram também com que a renda
de negros e negras crescesse 222%
durante o governo Lula, conforme
comprovam dados do IBGE.
Porém, como era de se esperar,
500 anos de desigualdades não
se resolvem em uma década e a
diferença ainda persiste: negros e
pardos, aponta o IBGE, são maioria
entre os desempregados e o salário
que recebem é a metade do recebido
pelos trabalhadores brancos.
Para fazer um balanço do que já
foi feito e do que ainda precisa melhorar,
a CUT lançou terça-feira, dia
30, em Brasília, uma cartilha na qual
reuniu o que há de mais importante
na legislação brasileira e em relação
às políticas públicas de combate à
discriminação racial.

24 anos defendendo a saúde, a segurança e a vida


1997 - Na entrada da Assembléia legislativa, Sindicato protesta contra as doenças do
trabalho.


2009 - Realização do Projeto Vida Viva na UAI

CIPA
As Cipas - Comissão Internas de
Prevenção de Acidentes - são uma
importante equipe de trabalho na
luta pela saúde e pela segurança.
Contando com uma parte dos
trabalhadores indicada pela empressa
e outra parte eleita pelos
trabalhadores, a Cipa tem poderes
para parar máquinas em situação
de risco, para exigir mudanças no
local de trabalho, para cobrar medidas
que evitem acidentes.
O nosso Sindicato tem garantido
na Garoto, o direito de realizar
atividades educativas durante 8
dias durante o ano (4 dias em cada
semestre).
Em geral, o Sindicato
utiliza 4 dias para realizar
essas atividades.
Além disso, já realizou
dois encontros estaduais
com cipeiros de
várias fábricas de alimentação
do estado.
O objetivo é alertar
os cipeiros para atuarem
de forma mais
ativa.

Periculosidade

Quando o trabalhador está em
um local de trabalho inseguro, que
coloque sua vida ou a sua saúde
em risco, estamos diante de uma
situação perigosa ou insalubre.
A maioria das empresas se
recusa a pagar esses adicionais, a
reconhecer as condições inseguras
e insalubres e a resolver essa
situação. Essa é uma luta fundamental
para o trabalhador.
Por causa da gravidade do
problema, quem trabalha nestas
condições tem o direito de se aposentar
mais cedo.

LER

Há cerca de 15 anos, uma verdadeira
epidemina vitimou centenas
de trabalhadores da Garoto. A
doença, geralmente invisível, era
conhecida por uma sigla pequena
LER (atualmente DORT), mas
provocava uma consequência
muito grande: a mutilação do
trabalhador.
A causa: ritmo intenso de trabalho.
Quanto mais o trabalhador
se esforçava para cumprir as metas
da empresa, mais ele estava
sujeito de adquirir essa Lesão
por Esforço Repetitivo, ou Doença
Orteo-muscular Relacionada ao
Trabalho.
Começando em 1997, o Sindialimentação
foi um dos primeiros
sindicatos a entrar na luta contra
essas doenças, e é um dos sindicatos
que mais reintegrou trabalhadores
demitidos que ficaram
lesionados por causa do
trabalho.

Ato inseguro

As condições de trabalho na
maiora das fábricas mais parece
um campo de batalha, cheio de
armadilhas que colocam em risco
a vida e a saúde do trabalhador.
Fios desencapados, sensores que
não estão funcionando, ausência
de protetores que evitem que o
trabalhador coloque a mão em
locais perigosos, pisos escorregadios,
escadas sem muretas, produtos
tóxicos, e muito mais. Tudo
isso somado ao cansaço do ritmo
de trabalho só pode resultar em
uma coisa: acidentes e doenças.
Mas quando isso acontece qual
é a posição da maior parte das
empresas: considerar que houve
um ato inseguro e culpar a vítima
pelo fato ocorrido.

VIDA VIVA

Como as questões de saúde e
de insegurança ocorrem em todo
o Brasil, há 8 anos dezenas de Sindicatos
brasileiros se uniram para
criar o Projeto Vida Viva.
O projeto desenvolveu uma
série de materiais educativos e
de técnicas para repensar as condições
de trabalho, que são utilizados
pelos sindicatos na sua luta
pela defesa da saúde e da vida.
Em várias fábricas, o uso do
material do projeto resultou em
várias melhorias no local do trabalho.
Aqui no estado, a fábrica
Uai empreendeu uma série de
reformas em função do projeto.
O sucesso é tanto, que tem sido
utilizado por sindicatos de outros
países, como no México, na Alemanha
e em Moçambique.

Reintegração

Trabalhador doente e trabalhador
acidentado costuma ser logo
descartado pela empresa. Mas o
nosso sindicato não aceita essa
desumanidade.
Em 24 anos de lutas contra as
doenças e contra os acidentes no
local de trabalho, já reintegramos
dezenas e dezenas de trabalhadores.
Muitos chegaram a ficar
vários anos fora da empresa, até
a Justiça reconhecer seu direito.
Cada reintegração é uma vitória
contra o descaso dos patrões.

2008 - Manequins com ataduras chamam a atenção para as lesões na Nestlé/Garoto no protesto do Dia internacional Contra as Doenças no Trabalho


Nestlé/Garoto - Sindicato evita horas-extras em vários setores da fábrica

Está no Acordo, É LEI

A cláusula quarta, seção II, artigo3º
do nosso ACORDO COLETIVO DE TRABALHO
diz que nas folgas triplas são
garantidas efetivamente o descanso
do trabalhador.
O ACORDO COLETIVO é homologado
no MINISTÉRIO DO TRABALHO,
portanto é lei, desde que não sobreponha
a CLT.
Uma luta antiga
do Sindialimentação é pela
redução da jornada de trabalho,
para garantir qualidade de vida
do trabalhador. Isso inclui evitar
ao máximo a realização de horasextras,
que sobrecarregam o trabalhador
e são um dos fatores que
aumentam os riscos de acidentes
de trabalho.
Nas últimas semanas, o direito
dos trabalhadores da jornada 6x2,
de terem folga de três dias quando
está encerrando um ciclo de
trabalho, foi ameaçado. Alguns
supervisores e coordenadores
resolveram escalar esses trabalhadores
para fazer horas extras
no segundo dia da folga
tripla.
Durante duas semanas,
o nosso Sindicato
evitou a realização dessas
horas. Em um final de
semana, evitamos no Batom,
em no outro, evitams no sortimento.
Infelizmente, no almoxarifado,
um gestor, na surdina,
colocou vários trabalhadores para
fazer horas extras nas sua folgas
de 3 dias.
O sindicato denunciou o fato e a
empresa reconheceu a irregularidade
e cancelou as horas-extras neste
setor que seriam feitas no período
da noite.
O nosso Sindicato já havia discutido
esse problema com a gerência
de recursos humanos da empresa, e foi garantido
que não aconteceriam mais
esses episódios. Mas infelizmente
ainda há gestores da Garoto que
ignoram a lei ou preferem infringila
para dar conta da produção. Será
um caso isolado ou uma política da
empresa para evitar a contratação
de mais mão de obra?

Empresa está
descumpindo a lei

Ação Judicial

A direção do Sindicato já marcou
uma reunião com a empresa,
no próximo dia 9 de dezembro,
para discutir essa e outras críticas
e denúncias dos trabalhadores.
Além disso, a diretoria já definiu
que em casos de reincidência de
erros discutidos com a empresa
será acionado nosso jurídico, para
garantir nossos direitos conquistados
com muita luta.


Horário normal vira 6x1

Os operadores do Artigo de Época
e de outros setores da fábrica, que
não estão na jornada 6x2, também
estão sendo obrigados a fazer horas
extras todo final de semana. Na prática,
é como se existisse uma jornada
6x1.
Essa prática, além de ser desumana,
não consta em nosso ACORDO
Horário normal vira 6x1
COLETIVO, portanto é ilegal.
O sindicato espera que a empresa
resolva essa situação, promovendo
auxiliares em operadores, com treinamento
adequado e com critérios justos
de avaliação.
É preciso acabar com a falta de
operadores que sabemos ser grande
dentro da fábrica.




quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

NOSSA HISTÓRIA - 24 anos de LUTA

Triste começo: patrões criam sindicato em 1950

No início de nossa história o Sindialimentação se chamava Sindicacau, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Cacau e Balas do município de Vila Velha.

Ele foi criado em 5 de outubro de 1950 como uma extensão da fábrica Chocolates Garoto. A sua sede ficava numa sala dentro da empresa, e a diretoria era controlada pelos patrões.

O sindicato era totalmente ligado aos interesses da empresa e a diretoria não consultava os trabalhadores nas decisões de interesse coletivo. O trabalhador não tinha poder de voz. Assembléias coletivas não eram realizadas e a direção decidia os rumos da classe trabalhadora de acordo com os interesses da empresa.

O Sindicato não era de luta. Em lugar de defender os trabalhadores, abafava a sua voz , procurando sempre favorecer os patrões.

Nasce em 1986 um sindicato combativo: Consciente

Em 1986, um grupo de trabalhadores da Garoto organizou um movimento para assumir a direção do sindicato, preocupados em defender os interesses dos trabalhadores. Esses trabalhadores se uniram e formaram a Chapa Garoto Consciente, levando à frente o movimento de luta e coragem do sindicato.

A Chapa Garoto Consciente venceu as eleições e tomou posse no dia 21 de abril de 1986. A atual Coordenadora Geral do sindicato, Linda Morais participou deste movimento de luta pela tomada do sindicato.

A nova diretoria criou o jornal Garoto Consciente, e deu início a um trabalho de conscientização, mobilização e organização dos trabalhadores, conquistando várias melhorias no local de trabalho.


Em 1995, ocorre a unificação: Sindialimentação

Em 1995 o Sindicacau uniu forças com os trabalhadores de outros setores para garantir uma mobilização maior frente às empresas do setor de alimentação. Com isso, trabalhadores do Cacau e Balas de Vila Velha, de Bebidas, Doces, Conservas e Café se tornaram ainda mais forte. Agora, o Sindicato passou a se chamar Sindialimentação e o jornal Alimenta Ação.

Desde a gestão iniciada em 1998, a diretora Linda Morais está a frente da coordenação Geral do Sindialimentação, depois de oito anos desenvolvendo um trabalho em defesa da saúde dos trabalhadores e que repercutiu em nível nacional, trazendo conquistas acordadas no acordo coletivo.

Dirigentes e Trabalhadores: unidos por mais conquistas

Um sindicato que realmente representa a classe trabalhadora tem que ter à sua frente um grupo de trabalhadores compondo uma diretoria que carregue “na veia” a vontade e a disposição de luta para com toda a classe.

O sindicato tem que ser a voz firme e altiva dos trabalhadores, tem que conhecer a sua categoria, respeitando as suas deliberações, firme na condução da luta. Porém a base tem que estar organizada e consistente, comprometida no mesmo propósito de luta.

Unidos e organizados em um sindicato, os trabalhadores têm poder para cobrar seus direitos e lutar por melhorias, não ficando a mercê da empresa. O sindicato é uma entidade que pertence aos trabalhadores, é formada por eles e conduzida pelas decisões da maioria.

É por isso que a participação de todos é vital, pois sem ela não se alcançam conquistas. Nas assembléias os trabalhadores tomam decisões importantes. Em reuniões com a direção discutem assuntos de seu interesse nas áreas do trabalho e da saúde, por exemplo. Em seminários e eventos, aprendem como enfrentar os problemas crescentes no seu dia a dia de trabalho, que podem comprometer seu bem estar e sua saúde.

Fica calro, então, que sem a participação dos trabalhadores o sindicato perde o seu verdadeiro sentido de existir. Somente a participação de todos gera mudanças na realidade de vida e de trabalho de cada um.

Sindicalizados: trabalhadores garantem a luta!

O objetivo do sindicato é organizar a luta da classe trabalhadora e defender os interesses da categoria. E são esses mesmos trabalhadores que fortalecem o sindicato, alimentando o espírito de luta, de coletividade e de união. Sem trabalhadores não há sindicato.

Para que o sindicato, que é dos trabalhadores, seja independente, forte e livre, tem que ser fortalecido pelos próprios trabalhadores. Com o apoio de sua categoria, o sindicato cresce e se torna mais organizado na defesa dos interesses coletivos.

E o caminho para fortalecer esta luta é a sindicalização. Sindicalize-se e fortaleça o seu sindicato. Junte-se a nós na defesa da classe trabalhadora! Torne-se sócio ou sócia e participe! Juntos, somos muito mais fortes!

Você faz a nossa luta!

História com “H maiúsculo” não se inventa, se constrói. E você também escreveu essa história de lutas e conquistas. Por isso todos nós, trabalhadores, somos responsáveis por manter vivo o nosso sindicato.

Um sindicato de luta como o nosso não atende você apenas nas horas em que precisa de um médico do trabalho, de um advogado ou de um convênio da escola.

Esse sindicato representa muito mais. Representa você perante a empresa, garantindo todos os seus direitos.

Para isso é preciso uma estrutura física (médicos, advogados, funcionários, manutenção do prédio) e uma estrutura política no sindicato. Por isso que sua contribuição financeira é fundamental.

Você, que é associado e conhece nosso trabalho, continue conosco e divulgue seu sindicato para outro companheiro que por ventura não seja sócio e ainda não conheça o nosso trabalho. Traga-o para o nosso sindicato!

Sempre seremos vencedores se nos mantivermos firmes em nossa luta. Sindicalize-se! Você faz a nossa história! Você mantém acesa a chama da nossa luta!

Sindialimentação em Brasilia